quarta-feira, 30 de julho de 2014

“Repórteres Sem Fronteiras”, a mais respeitada organização mundial em defesa da liberdade de imprensa, critica a lista de colunistas “inimigos” do governo feita por energúmeno do PT

22/06/2014

Alberto Cantalice (Foto: PT)
Alberto Cantalice:  um joão-ninguém e um zero à esquerda que agride o vernáculo e coloca a culpa pelo desandar do governo em alguns de seus críticos (Foto: PT)
Como se sabe, um certo energúmeno chamado Alberto Cantalice, um joão-ninguém que ostenta o título de “vice-presidente nacional” do PT e “coordenador de mídias sociais” do partido, seja lá o que isto signifique, conseguiu seus 15 minutos de fama — vá lá, talvez sejam 15 dias.
Obteve forte atenção da mídia ao escrever uma catilinária em que, além de agredir o vernáculo, esse zero à esquerda agride “setores elitistas albergados na grande mídia” (sete colunistas e dois humoristas) acusando-os, sem um milionésimo de grama de qualquer tipo de prova, de incentivar ofensas à presidente Dilma e até de estimular “azelite” a “maldizer os pobres”.
Vale a pena reproduzir uma parte do bestialógico que publicou na página do PT na internet:
“Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo”.
repórteres sem fronteirasAo apontar os nove “inimigos da pátria”, no melhor estilo nazifascista — entre os quais incluiu, como se pode verificar, os colegas do site de VEJA Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo –, essa perfeita nulidade, até agora desconhecida pelo grande público, entrou na mira dos processos judiciais que pelo menos três integrantes da relação já revelaram que iniciarão nos próximos dias.
E mereceu a atenção da mais conhecida e respeitada entidade que defende a liberdade de imprensa e a incolumidade física dos jornalistas, a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras, que manifestou em seu site (versão em inglês) preocupação com o fato de o lulopetismo organizar e divulgar uma lista de jornalistas incômodos para o poder.
LEIAM O TEXTO DA REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS:
Brasil — Vice-líder do partido do governo classifica jornalistas como “pitbulls”
A tensão entre o governo e os jornalistas da oposição acaba de subir de tom.
Num artigo publicado a 16 de junho de 2014 no site do Partido dos Trabalhadores (PT), atualmente no poder, o vice-presidente do partido Alberto Cantalice estabelece uma lista negra de jornalistas designados como os “pitbulls da grande mídia”.
Para o dirigente petista, o ódio de Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes Diogo Mainardi, Lobão e dos humoristas Danilo Gentili e Marcelo Madureira contra as medidas progressistas dos governos Lula e Rousseff se tornou ainda mais evidente desde o começo do Mundial, que esperam que fracasse.
Esses “inimigos da pátria” não demoraram a responder. O jornalista Demétrio Magnoli denunciou em Globo um artigo “calunioso” e uma ação de propaganda por parte do PT. Magnoli se mostra preocupado pelo fato de um político do partido no poder convidar à “caça” dos jornalistas opositores “na rua”. Já Reinaldo Azevedo, da revista VEJA, afirmou sua intenção de processar Alberto Cantalice por “difamação”.
Repórteres sem Fronteiras expressa sua inquietação pelas graves acusações dirigidas contra os jornalistas provenientes de um alto cargo do PT”, declara Camille Soulier, responsável da seção Américas da organização. “Não ignoramos o contexto polarizado da mídia, que pode exagerar o descontentamento geral. No entanto, as dificuldades sentidas pelo PT não justificam o recurso à propaganda de Estado.”
Essas acusações foram lançadas num clima social tenso, com a multiplicação de movimentos populares contra as despesas do governo com a Copa do Mundo. A polícia militar tem respondido através da força e alguns jornalistas foram agredidos.
No total, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) já contabilizou 17 agressões de jornalistas no âmbito de manifestações desde a abertura do Mundial. Entre as vítimas, contam-se correspondentes da CNNe de agências internacionais, como a Reuters e a Associated Press, assim como jornalistas da mídia local ou profissionais independentes. Karinny de Magalhães, jornalista e ativista do coletivo Mídia NINJA, foi detida e espancada até desmaiar.
Aos 17 casos citados se juntou a detenção arbitrária de Vera Araújo, do diário O Globo, no passado dia 15 de junho, elevando para 18 o número de abusos. A jornalista estava filmando a detenção de um turista argentino e acabou também sendo presa. Uma investigação foi aberta contra o policial militar responsável pela detenção.
O Brasil se situa no 111º lugar em 180 países na última Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa, elaborada por Repórteres sem Fronteiras. Por ocasião da Copa do Mundo de futebol, a organização lançou uma campanha para sensibilizar o público sobre a situação da liberdade de informação nos países participantes.

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