segunda-feira, 21 de julho de 2014

A morte, segundo Carlos Castaneda

Uma coleção de frases e pensamentos do mestre nagual Don Juan Matus sobre a Morte. Elas foram selecionadas da bibliografia do antropólogo Carlos Castaneda:


“Um guerreiro pensa na sua morte quando as coisas perdem claridade. A idéia da morte é a única coisa que tempera nosso espírito.”
“A morte é a única conselheira sábia em quem um guerreiro pode confiar. Cada vez que o guerreiro sente que tudo vai mal e está prestes a ser aniquilado, pode dirigir-se à sua morte e perguntar a ela se é assim mesmo. Sua morte vai lhe dizer que está enganado, que na verdade nada importa a não ser seu toque. Sua morte lhe dirá: Ainda não te toquei.”
“Um guerreiro deve cultivar o sentimento de que já possui tudo o que precisa para essa viagem extraordinária que é a sua vida. O que conta, para um guerreiro, é estar vivo. A vida é suficiente e completa em si mesma, e por si mesma se explica. Por isso podemos dizer, sem presunção, que a experiência das experiências é estar vivo.”
“A morte é o ingrediente indispensável do ter que acreditar. Sem a consciência da morte, tudo é ordinário, trivial. Somente porque a morte o persegue é que o guerreiro tem que acreditar que o mundo é um mistério insondável. Ter que acreditar dessa forma é a expressão da predileção mais íntima do guerreiro.”
“Quando um guerreiro toma a decisão de passar à ação, deveria estar disposto a morrer. Se está disposto a morrer, não haverá deslizes nem surpresas desagradáveis, nem ações desnecessárias. Tudo se encaixará suavemente em seu lugar, porque não se espera nada.”
“Há uma estranha felicidade ardente em agir com pleno conhecimento de que o que estamos fazendo agora pode muito bem ser nossa última ação na Terra.”
“Um guerreiro sabe que é somente um homem. Seu único pesar é saber que sua vida é tão curta que não lhe permite fazer todas as coisas que queria. Mas para ele isso não é um problema, é apenas um pesar.”
“Cada pitada de conhecimento que se converte em poder, tem a morte como força central. A morte é o toque definitivo. Tudo o que a morte toca, na verdade se transforma em poder.”
“Somente a idéia da morte dá ao homem o desapego suficiente para ser capaz de não render-se a nada. Um homem assim sabe que sua morte o está perseguindo e que não lhe dará tempo para agarrar-se a nada. Então ele experimenta, sem ânsias, tudo de tudo.”
“Um guerreiro já se considera morto, então não tem nada a perder. O pior já passou; portanto se sente tranquilo e seus pensamentos são claros. Ninguém que o julgasse pelos seus atos ou por suas palavras poderia jamais suspeitar que ele já presenciou tudo.”
seleção: Sebastian Valle
fonte: A Roda do Tempo – Carlos Castaneda

Nenhum comentário:

Em Alta

Salomão afasta cautelarmente Gabriela Hardt e outros julgadores da Lava Jato

Para corregedor, condutas de Hardt podem configurar crime e desembargadores passaram por cima de decisões do STF. Leia as decisões ANDRÉ UZÊ...

Mais Lidas