segunda-feira, 30 de junho de 2014

Celebridades que amavam charutos




Tradução: Silvana Siqueira

Esta é a lista de fumantes notáveis da revista Cigar Magazine, conheça um pouco mais suas peculiaridades.

Independentemente de seu status, todos na lista da Cigars Magazine dividem uma peculiaridade: o amor por um bom charuto.
Todos temos em nossas mentes a imagem de um apreciador de charutos. Uma dessas imagens é a de alguém que parece relaxado, contente com seu refinamento enquanto o charuto está pendente na boca, como um pirulito na boca de uma criança feliz.
Talvez a imagem mental seja a sua própria, ou a de algum membro da família – o tio rico baforando entre gargalhadas, a tia cujo charuto cobre porções de pelos faciais indesejados. Independente da imagem que seu cérebro traga, há grandes chances de que haja uma comparação com a figura de alguém famoso.

WINSTON CHURCHILL
Durante toda a vida Churchill sustentou a Inglaterra com sua bravura, coragem política e discurso engenhoso, e sustentou a si mesmo com as melhores comidas, bebidas e charutos que pudesse encontrar. O homem que deu nome ao modelo de charuto Churchill fumava de 8 a 10 charutos por dia, de preferência cubanos. Nem mesmo a necessidade de usar máscara de oxigênio para vôos de grandes altitudes em uma cabine não pressurizada poderia impedir Churchill de fumar. Segundo relatos, o primeiro ministro solicitou a invenção de uma máscara especial que permitia que ele fumasse enquanto voava. Obviamente a solicitação foi atendida. Certa vez, Churchill recebeu para o lanche o rei Ibn Sa’ud da Arábia Saudita, este não permitia que fumassem ou bebessem em sua presença. Ao invés de se submeter à vontade do rei, Churchill afirmou: “A regra da minha vida determina um ritual sagrado e absoluto que inclui fumar charutos e também beber álcool antes, após e, se necessário, durante todas as refeições e também nos intervalos entre elas.” O rei se convenceu.
Charuto favorito: Romeo y Julieta.
FIDEL CASTRO
Até abandonar o hábito de fumar em 1985, o homem que governou Cuba com mão de ferro por 40 anos era sinônimo de charutos. Apenas a crescente preocupação nacional com relação aos riscos do fumo para a saúde levaria Fidel a parar de fumar, mesmo quando sozinho, para dar exemplo ao povo. Mas só porque abandonou um hábito que cultivava há 44 anos não significa que ele deixou de pensar em charutos. Ocasionalmente ele sonhava que estava fumando, entretanto sempre se censurava por fazer isso: “Até em meus sonhos eu costumava pensar que estava fazendo uma coisa errada”, disse ele em uma entrevista para aficionados por charutos em 1994, “Eu tinha consciência de que não me permitia mais fumar, mas em meus sonhos eu continuava gostando.” Anos antes, quando Castro e seus companheiros tentavam derrubar o regime Batista, os únicos momentos em que ficava sem charutos era quando eles acabavam. Antecipando estas raras ocasiões Fidel costumava esconder o último charuto, acendendo apenas para comemorar uma vitória ou para se consolar diante de um recuo.
Charuto favorito: Cohiba (Lancero e Corona)
REI EDUARDO VII
“Cavalheiros, vocês podem fumar”. Com estas simples palavras, proferidas pouco depois de sua coroação em 1901, o rei da Grã-Bretanha, Eduardo VII, acabou com a intolerância ao tabaco que havia marcado o reinado da rainha Vitória. A postura pró-charutos de Eduardo não era nenhuma novidade. Em 1866, ainda Príncipe de Gales, ele abandonou seu clube de cavalheiros em Londres devido à política de não fumar (a gota d’água foi quando um funcionário o advertiu por ter acendido um charuto). Eduardo VII levou 20 por cento dos membros consigo, e em pouco tempo eles criaram um clube onde fumar era encorajado.
MARK TWAIN
O autor de “As venturas de Tom Sawyer” e “As aventuras de Huckleberry Finn” fumava pelo menos 22 charutos por dia, chegando talvez a 40. Samuel Langhorne Clemens, mais conhecido como Mark Twain, teria declarado certa vez: “Se fumar não for permitido no Paraíso, eu não irei para lá”. O interesse de Twain por charutos não significa necessariamente que ele fumava os melhores. Ele sabia que mesmo seus conhecidos mais próximos sentiam-se ultrajados por sua seleção de charutos de baixa qualidade. Uma vez, como relataria mais tarde em seu artigo  “Sobre o Tabaco”, ele furtou diversos charutos caros e finos da casa de um amigo, removeu as etiquetas, e colocou-os em uma caixa identificada por sua marca favorita. Ele então convidou o homem e outros onze amigos para o jantar e ofereceu depois um charuto a cada um. Pouco depois cada um deu uma desculpa e foi embora, na manhã seguinte Twain encontrou os charutos esparramados no quintal, com exceção de um que fora deixado no prato do homem de quem os charutos haviam sido roubados. “Ele me disse mais tarde que um dia eu levaria um tiro por oferecer às pessoas esse tipo de charuto”.
Charuto favorito: qualquer um, exceto Havanas.
JOHN F. KENNEDY
Quando o sujeito é presidente dos Estados Unidos pode conseguir praticamente tudo o que deseja. O 35º presidente americano queria no início de 1962 muitos charutos cubanos, 1000 Petit Upmanns, para ser exato. Ele deu ao secretário de imprensa, Pierre Salinger, menos de 24 horas para consegui-los. Pouco tempo para um pedido deste porte, mas JFK tinha uma razão urgente: estava prestes a assinar o embargo que proibia a entrada de qualquer produto cubano no país, incluindo seus amados charutos. O embargo derivou da disputa que os Estados Unidos estavam tendo com Cuba e do medo de que Fidel Castro representasse uma ameaça crescente à segurança americana. Mas antes que Kennedy pudesse agir, ele precisava que Salinger completasse a missão. O secretário de imprensa não o desapontou, conseguindo mais de 1200 charutos. Kennedy então assinou o embargo e o tabaco cubano ficou fora dos limites americanos.
Charuto favorito: Petit Upmann.
SIGMUND FREUD
O pai da psicanálise via símbolos fálicos em todos os lugares, mas ainda assim admitia que “às vezes um charuto é só um charuto”. Ele começou a fumar aos 24 anos, consumia em média vinte charutos por dia, e raramente era fotografado sem a companhia de seu tabaco. Freud declarou diversas vezes que não conseguiria trabalhar sem charutos e que “fumar era um de seus maiores prazeres na vida”. Eterno fumante, preferia Don Pedros, Reina Cubanas e Dutch Liliputanos.



MILTON BERLE
Muitos homens ficariam aterrorizados se suas esposas gostassem do cheiro de seus charutos. Berle deve ter ficado estático, já que todas as três esposas que teve apoiavam seu desejo por Havanas. Até Marilyn Monroe, com quem o artista teve um curto relacionamento antes dela se tornar famosa, apreciava o aroma de seus charutos, e Uncle Miltie, que sempre tentava fazer seus amigos largarem o cigarro e aderirem ao charuto, certa vez comprou uma caixa de charutos pequenos para a estonteante loira, na esperança de que ela fizesse a troca. A segunda esposa de Berle, Ruth, não apenas apoiava seu hábito, ela demonstrava certo engenho ao fazê-lo. Durante a lua-de-mel em Paris, Ruth saiu para comprar uma bolsa, experimentou modelos cada vez maiores até que encontrou uma na qual coubessem quatro dos enormes cubanos de Miltie.  Antes de voarem para Roma, Berle empacotou algo em torno de 500 Havanas, mas a alfândega informou que os visitantes poderiam levar no máximo 100 charutos. Sem pestanejar, Ruth tirou um charuto de sua bolsa e pediu para Berle acendê-lo. “Ela quase teve um ataque ao fumá-lo”, disse Berle, “Mas isso nos permitiu levar outros 100 charutos conosco”. Charuto favorito: H. Upmann.

CHE GUEVARA
Apesar de ser asmático, o argentino Che assumiu os charutos como um de seus primeiros hábitos cubanos. Enquanto era o braço direito de Fidel Castro durante a revolução cubana ele se permitia dois prazeres: livros e charutos. Mas bons tabacos eram raros nas montanhas de Cuba, portanto qualquer charuto que conseguissem era altamente apreciado. Depois de pegar sua parte, Guevara usava os charutos como incentivo aos seus soldados porque, segundo ele escreveu, “o fumo nos momentos de descanso é uma grande companhia para o soldado solitário”.

GROUCHO MARX
Os charutos às vezes metiam o comediante em encrencas. Uma vez, sua terceira esposa, Eden, reclamou de seu “velho charuto fedorento” e ordenou que ele desse um fim nisso ou arranjasse uma nova esposa. Antes disso, Marx viu um comercial de charutos que prometia “trinta minutos em Havana”, porém seu charuto durou apenas 20 minutos e ele exigiu outro. Cada charuto subsequente durava o mesmo tempo, até que depois do quinto charuto o comerciante ficou esperto e recusou o pedido de Groucho.

Fonte: http://www.cigarsmag.com

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