sexta-feira, 19 de julho de 2013

'Já está estruturada', diz MP-RJ sobre comissão para investigar vandalismo

18/07/2013 20h31 - Atualizado em 18/07/2013 20h49



Força-tarefa será formada pelas polícias Civil e Militar, MP e governo.
Principal objetivo é investigar o que está por trás do vandalismo em atos.

Isabela MarinhoDo G1 Rio

Ponto de ônibus após protesto e destruição no Rio (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)Ponto de ônibus destruído após protesto (Foto:
Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Após reunião com representantes do governo e da segurança pública do estado do Rio, o procurador-geral Marfan Vieira anunciou, na noite desta quinta-feira (18), que uma comissão especial formada pelas polícias Civil e Militar, Ministério Público (MP) e o próprio governo vai investigar os responsáveis pelos atos de vandalismo durante os protestos, além da atuação da polícia. O objetivo é não deixar impunes os crimes cometidos nas manifestações.
 "Já está estruturada. Amanhã [sexta] serão desenhados os detalhes operacionais desta comissão. Ela vai trabalhar os inquéritos que já existem e vai levar a investigação às origens dessas pessoas, de onde vêm, pelo que são movidas, pelo que são financiadas, quem está por trás disso. Ou continuaremos a prender em flagrante e depois nada acontecendo no poder judiciário", disse.
A reunião foi convocada pelo governador Sérgio Cabral, a pedido de Marfan, após a destruição causada por uma minoria de manifestantes no Leblon e em Ipanema, na noite desta quarta (17). Depois de cerca de quatro horas de ato pacífico, um grupo de mascarados e policiais entraram em confronto por volta das 23h. Em seguida, dezenas de jovens inciaram saques, depredações e vandalismo pelas ruas dos bairros. Quinze pessoas foram detidas, nove presas — apenas um segue detido, por ter cometido crime inafiançável, porte de explosivos, segundo a Polícia Civil — e cinco policiais ficaram feridos, segundo a PM.
Infiltrados
Marfan Vieira disse ainda que na manifestação desta quarta-feira no Leblon havia agentes do MP infiltrados fotografando e filmando para ajudar nas investigações. O procurador disse que já se sabia que atos de vandalismo seriam praticados e, por isso, os agentes foram ao local disfarçados.
Mais cedo, Cabral havia convocado para outra reunião, de emergência, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Em ambas os encontros, também estiveram presentes o secretário de Estado da Casa Civil, Régis Fichtner; o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame;  o comandante da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho; e a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha.
No encontro, Beltrame disse que o campo operacional irá fazer mudanças na ação da PM, mas rebateu as acusações de abusos cometidos pela polícia. "Para tachar alguém de ter cometido excesso, eu preciso dar o direito a ampla defesa. Sindicâncias são abertas para ter o efetivo apuratório", afirmou o secretário, garantindo que, se constatado excessos, haverá a punição devida, "seguindo os procedimentos normais da corporação"
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