quarta-feira, 6 de março de 2013

Aula de História




Circula na internet reprodução do diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, entre 1643 e 1715, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:


Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…

Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!

Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: - Criando outros.

Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: - Sim, é impossível.

Colbert: - E sobre os ricos?

Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: - Então, como faremos?

Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!"

by alertatotal.net

Um comentário:

Anônimo disse...

E o grau de alienação política da chamada "classe média" - uma taxonomia de renda que não explica nem justifica a existência de classes na espécie humana - é a fonte inesgotável de energia econômica à disposição dos poderosos, que agem como sequestradores - dos direitos civis e individuais - de quem a "classe média" se apaixona em Síndrome de Estocolmo - e de Copenhague. Em http://waldemarneto.blogspot.com.br/2008/01/sndrome-de-copenhague.html.

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