sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

APAGÃO PODERÁ ACONTECER, SIM ! Saiba o porque.


Os níveis dos principais reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Nordeste do País continuam em queda, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, com as represas do sistema Sudeste/Centro-Oeste caindo dos 28,43% de segunda-feira para 28,32% na terça-feira. Fonte: Estadão.

No Nordeste, os reservatórios tiveram uma queda de quase meio ponto percentual em um dia, passando de 30,64% na segunda-feira para 30,20% na terça. Fonte: Estadão.

Também houve redução no Norte, de 40,23% para 39,88%. Somente no Sul houve recomposição das reservas, com o nível da água subindo de 41,36% na segunda para 43,40% na terça. Fonte: Estadão.

Segundo diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico, não se pode fazer previsão de chuvas num horizonte acima de 10 dias.  Então, é prematuro dizer que haverá ou não haverá racionamento de energia neste ano.  O fato é que, hoje, todos os reservatórios estão com níveis abaixo da crítica como pode se ver pelos dados acima.  E todo sistema elétrico está ligado, não sobrando nenhuma margem a mais para acrescentar ao sistema.  Enfim, estamos no limite do limite.

O dado que me preocupa é que o nível de reservatório da Usina de Itaipú está baixando.  Lembrando que Itaipú, sozinha, representa cerca de 15% de todo o sistema de geração implantado no Brasil.  E tem mais um agravante, Itaipú é uma usina projetada para funcionar como usina de base, isto é aquela que dá sustentação em todo o período do ano utilizando a sua capacidade máxima.  Reportagem mostrado, ontem, aqui na TV do Paraná, mostrou que o reservatório está baixando, também.  

Um dado que o ministério de Minas e Energia não está considerando é que o ano de 2013, coincide com o pico do ciclo solar de 33 anos, que vai culminar com uma grande tempestade solar no mês de maio deste ano.  Esta previsão é anunciada pela NASA, para que autoridades competentes, tomem as devidas reservas tanto no sistema elétrico como no abastecimento de água.  Nada a ver com a mudança climática.  É prematuro e é irresponsável fazer previsão num ano atípico, que acontece a cada 33 anos.  

Independente de discussão sobre de quem seria a responsabilidade da segurança e sustentabilidade do sistema, deveríamos estar tomando atitudes preventivas do que estar batendo no peito é afirmar uma coisa que nem o São Pedro sabe dizer, qual vai ser o regime de chuvas neste ano.  É certo que a presidente Dilma, escolheu a hora errada para promover a redução tarifária, colocando as concessionárias numa situação de desinvestimento, sucateando a maior parte do sistema.  Atitude errada na hora errada! 

Quem viu pela TV Senado, depoimento de uma importante assessora do ministério de Minas e Energia dizer que eles tinham esquecido de considerar no cálculo de indenizações os investimentos feitos pelas concessionárias durante o período da concessão, deve ter sentido arrepio na espinha.  O amadorismo dos ocupantes de cargos públicos, normalmente comissionados, sem maior conhecimento do assunto que está a tratar, marca sobremaneira o método de administração do governo Dilma.  É o resultado do loteamento de cargos públicos.  

Tendo eu formação de engenheiro civil, sinto enorme dificuldade em assimilar as medidas tomadas pela Dilma. Medidas tomadas com completo amadorismo, o tema tão importante e crucial como do apagão de energia elétrica, demonstra insegurança total.  Dá-se a nítida impressão que a Dilma quer resolver este tema, com mais uma daquelas bravatas, para manter a sua fama de gerentona do "sistema elétrico".  O problema do apagão transcende à disputa partidária.  Andar dizendo que teve apagão no PSDB e não terá apagão no PT é uma bizarra discussão que só acontece numa republiqueta de 5ª categoria.  A população não tem nada a ver com a disputa partidária!

Apagão no ano de 2013, poderá acontecer, sim! E nem será a culpa da Dilma presidente, mas a culpa será da própria população que não cobra de seus dirigentes postura sóbria que garanta o mínimo de segurança para a sua sobrevivência.

by Ossami Sakamori,
68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, 

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