sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ao rever alguns amigos no RS, um deles me mostrou este poema. E acabei me emocionando, pois lembrei que entre os 12 e 14 anos, eu disse em algum momento esta poesia na Escola Imaculada Conceição, na cidade de Dois Irmãos. Em algum dia festivo, como dos pais, das mães, aniversario do prefeito, do padre ou qualquer outro motivo. Era a declamadora oficial da escola. Cargo de muita importância e motivo de inveja para algumas colegas. Mas também de admiração de outros. Talvez porque os meninos notassem minha presença. Minha memória era responsável por esta tarefa, nem sempre revebida com um tudo de bom. Era menos tempo para fazer o que eu quisesse, dentro do pouco que se tinha para isso. E eu sabia que deixaria para decorar dois dias antes. Era como se eu precisasse desta angústia, pois nem sempre os poemas eram tão curtos. O grande barato, era por que era "decorado". algumas vezes a memoria traia. E aprendi então a ter sangue frio, de olhar para a Irmã Marilene, (a maioria das vezes ela me escalava para tão “importante” missão), tínhamos um código: se eu esquecesse, ela apenas deveria me olhar e calmanete me dizer a próxima palavra. E quando acontecia, pela minha pequena vida que até então não conhecia elogios e incentivos. A mim que tentaram tornar tão insegura, conseguia me manter no controle da situação. Para isso tive que aprender a ignorar que estava sendo assistida pela cidade, pois so tinha aquela escola no centro da cidade. E lotava o pavilhao em dia de festa. Eu precisa pensar que estava sozinha, e precisa fazer o meu erro quase não ser percebido. Aprendi a também que medo é normal. E que coragem é passar por ele, não fugir dele. Foi uma época de três anos no colégio tipo internato. Por mais que eu fizesse por mim mae e pai, jamais poderia pagar esta benção a mim concedida. Estes três anos me salvaram. Foram os anos que me fortificaram. Entre as regras r[igidas que me ensinaram o necessário de disciplina e a maldade das companheiras de problemas familiares, causa principal que nos proporcionou o encontro, aprendi que ser sózinha seria a única forma de sobreviver naquela pequena selva. Conheci o deboche, a inveja, a perda. Foram anos de muito aprendizado. Aprendi a ficar forte, aprendi que se eu caisse, ninguem me levantaria, aprendi que saudade dá e saudade passa. E vontade também. Que ha pessoas e coisas que as vezes vão e nao voltam mais. Agradeço todos os dias esta parte de minha vida. Foi quando eu comecei a andar com minhas pernas. Com o passar do tempo aprendi a direção e a ir polindo minha vontade. A paciência não foi adquirida por vontade. Sempre me foi imposta a exigência. Aprendi então a me adaptar as situações ou momentos. E fui vendo que bancar a Cinderela assustada, jamais me faria menos vítima. Aprendi a me impor. Viver no meio de 70 crianças e adolescentes, todas com problemas de uma lado, a rigidez imposta pela época )e não foi demais, foi na medida) aliada as exigências familiares (ótimo era a nota exigida. Bom, o castigo era aplicado), foi meu treinamento para a guerra. Eu pensava: se sobreviver a esta batalha, sobrevivo a qualquer coisa. Eu não estava errada. A minha determinação em ser feliz apesar de, é prova cabal disso. by Deise




Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.
Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,

resignado, tornar ao ponto de partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

Nenhum comentário:

Em Alta

Quando vira doença…

Arquivo da tag: macaca de imitação 4AGO2011 Oi gente… hoje eu vou falar de um assunto muito polêmico… *o* HAHAHAHA’ Sério… esse post será t...

Mais Lidas