sábado, 24 de julho de 2010

 
 24/7/2010

Morreram mais crianças este ano do que em 2009


As ocorrências domésticas, como intoxicação e sufocamento, também são uma preocupação

Fora as causas perinatais (a partir do momento do parto) e doenças consideradas mais graves, como as do aparelho circulatório e as neoplasias malignas (tumores), os acidentes ainda são um dos principais motivos que levam crianças à morte. As ocorrências ligadas ao trânsito chegaram a matar, no Ceará, oito pessoas, entre 0 e 12 anos, somente até fevereiro de 2010. Em todo o ano de 2009, seis crianças vieram a óbito.

Em Fortaleza, as causas externas ocupam o terceiro lugar na lista dos fatores que levam crianças à morte. O percentual subiu de 11,7 % para 14,5% de 1999 para 2008, quando 1.782 pessoas faleceram. A mortalidade, no Ceará e na Capital, é maior entre as crianças com mais de um ano de idade. O último dado do Estado sobre taxa de mortalidade é de 2008, tendo chegado a 15,8 por mil nascidos vivos. Em 2007, eram 16,2 óbitos por mil nascidos vivos.

O decréscimo da taxa deve-se à redução da mortalidade pós-natal (entre 28 dias e 11 meses e 29 dias). Porém, as causas perinatais continuam responsáveis por mais de 50% dos óbitos de menores de um ano.

Os acidentes domésticos também são uma preocupação. De acordo com a pediatra e especialista em programas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef-CE), Tati Andrade, os diferentes tipos de ocorrências variam desde a sufocação, intoxicação por ingestão de produtos químicos, até as de trânsito. O atropelamento, por exemplo, é a maior causa de internações de crianças no Instituto Doutor José Frota (IJF). Apenas no primeiro semestre de 2010, deram entrada no hospital 321 crianças, entre 0 e 15 anos, vítimas de atropelamento.

Atendimentos
Fazendo um comparativo com o ano passado, no mesmo período apenas 48 pessoas foram atendidas. Outro destaque foram os acidentes com motocicletas. Até junho de 2010, 177 crianças deram entrada no IJF, enquanto que no mesmo período de 2009 foram 93. Tati Andrade alerta para os cuidados que os pais devem ter, como usar cadeiras apropriadas nos carros para transportar seus filhos, deixar cabos de panelas virados para trás e não deixar produtos químicos ao alcance de crianças.

PREVENÇÃO
Alertar a sociedade é medida necessária
Na tentativa de alertar para o problema da mortalidade infantil, a ONG Criança Segura instituiu o Dia da Prevenção de Acidentes com Crianças, que acontecerá no dia 30 de agosto. Parceiros e instituições estão convocadas a aderir à campanha, realizando ações de prevenção a acidentes com crianças em todo o País. De acordo com a ONG, 90% dos casos de acidentes podem ser evitados quando existem medidas de precaução.

Segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), a preocupação com a saúde da criança é estratégia prioritária do Governo. Uma delas é a ampliação dos leitos de UTI neonatal. Além disso, investir na atenção básica e na terciária e aumento da cobertura vacinal.

A especialista em programas do Unicef, Tati Andrade, destaca que o Estado está no caminho certo, mas ainda precisa de mais. Ela sugere a propaganda dos cuidados com crianças no trânsito, por meio de placas, e a educação na escola. "É preciso alertar não só os pais, mas as comunidades", enfatiza

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